sábado, 19 de junho de 2010

"A cidade inteira tem a dimensão exacta do caminho que piso e os seus limites ficam na distância que o meu olhar alcança. Nem mais nem menos. Assim, também os seus cheiros e ruídos: só conheço os que percebo.


A cidade sou eu quando estou nela."

Egoísta.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dejectos da sociedade


Quis ser eu mesmo e pensar para além de minha alma, desejei transcender o material e eliminar meras regras, que são dejectos mentais, largados ao acaso e aleatoriamente segundo uma lógica desconhecida e presente na imaginação de seres cujo poder supera hipoteticamente a vontade divina. Regras, cuja barreira permite ser ultrapassada, e deixada ao mercê de alguém que exerce o papel de ser superior, esticando a corda, e assim desta forma faz-nos tropeçar na consequência mais baixa, fruto dos dejectos largados por aí como minas anti-pessoais, dispostas a rebentar à sensibilidade do toque humano...levando à auto-destruição ideológica. ...Consegui! Neste meu pequeno mundo alheio, por vezes a mim mesmo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Caminhar


Sigo em frente e nada vejo, parece não deixar ver que tudo ali é efémero na distância de um olhar remetendo para um mundo ao qual sou indiferente nas suas diferenças comigo e daí sou aquilo que sempre sonhei por ser a "coisa" que sou por ser importante...não por fora mas cá dentro, e por muita vontade de ser simplesmente eu ou não só como necessidade de transcendência com as artes mais belas e com as quais me identifico pois só assim se pode dar algum significado à vida, ou seja algo que nos identifica e faz com que não nos sintamos sós num espaço que é de todos e ao qual alguém um dia designou por mundo, que embora injusto é perfeito na sua essência. Perfeição, essa que está não no mundo em si enquanto substância, mas na forma como o sentimos.
É desta forma que faço amor com as palavras, um modo de reprodução das mesmas que dão um verdadeiro valor ao que faço não por fazer, mas porque gosto de fazer enquanto puder serei eu, tu e tu e outra vez eu num simples estender de mão, o teu, não sei experimenta, sente e aprecia...

domingo, 26 de agosto de 2007

Ver a arquitectura

Que mundo é este, saliência de possibilidades infinitas submersas por questões jamais objectivas que a alma tende a projectar na memória através de imagens na sua eterna falta de palavras que o caracterizam. São imagens que conhecemos, ou não queremos simplesmente imaginar, por virtude da própria essência do ser humano, totalmente insatisfeito na vontade de transcendência para além do material que por sua vez se revê na infrutífera vontade de criar o seu próprio aconchego - o lar. Em tempo que observamos cada instante na arquitectura, o momento torna-se eterno, dando lugar ao ocupante como parte integrante do seu ecossistema, para o qual foi criado pelo arquitecto na tentativa de dar a conhecer à sociedade através de um encontro de mundos, impulsionado pela tentativa de resposta a um possível cliente, incutindo através de uma solução um lugar geográfico à arquitectura que deverá ser o espaço onde o ser humano seja capaz de se orientar, pois só assim se pode habitar. Interessante é a forma como vimos a arquitectura e a forma de como esta se pode tornar inútil, na sua insuficiência de utilidade, afastando a arquitectura da sua função mais primitiva de aconchego (parte funcional) tornando-a numa sublime inutilidade na ausência de função e neste sentido apenas podemos orientar na arquitectura e entende-la como lugar de contemplação ou mera obra de arte.

Fagilidade

Por Vezes, um espaço que é só meu, um tempo que não quero percorrer na arquitectura por ser perfeita na sua condição de aconchego que simplesmente simula o ego que é capaz de me transformar em algo indescritível longe das palavras por ser elementos de uma alma que reflecte verdade. É a fragilidade, a sua ideia, que me faz derrotar a noção positivista de tudo aquilo que nos rodeia face aos acontecimentos naturais que ocorrem fora do meu espaço, que, ao mesmo tempo que me protege me incute a ideia do quanto é sensível o monumental espaço que me protege e que cria dentro de mim uma agradável sensação, pelo medo (sensação) que me provoca. Basta abrir os olhos e sonhar, para sentir a adrenalina, o fruto de medos criados a propósito e em detrimento do meu bem-estar emocional.